domingo, 20 de julho de 2014

Dupla Perseguição - Capítulo Extra (Prefácio: o começo de tudo)

Quando começamos essa fanfic da série White Collar, acreditávamos que Neal Caffrey seria o protagonista. Não foi assim! Uma Diaba Ruiva tomou o posto, deixando Neal como um ilustre coadjuvante. Percebemos então um erro. Lá no primeiro capítulo, a fic era narrada por Neal. E jamais contamos o início da história do ponto de vista de Rachel. Com esse prefácio, esperamos resolver o equívoco. Espero que gostem. Bjsss






O começo de tudo...

            Mais uma vez ela entraria no FBI. Só que agora não como testemunha de um crime. Era acusada. Praticamente condenada. Dessa vez não era Rebecca Lowe e sim Rachel Turner. Eles haviam descoberto sua verdadeira identidade e seus crimes. Tinha pena perpétua para cumprir. Tudo por culpa dele: Neal Caffrey. Nunca a teriam pegado se não fosse por uma armadilha.
            Tinha algo que lhe pertencia. Um pendrive com informações capazes de incriminá-lo. E desejava vê-lo uma última vez antes de escapar. Eram bons juntos, perfeitos. Com ele poderia encontrar o diamante tão desejado e, depois, ser feliz. Então o contatou e forçou um acordo. Marcaram um lugar. Só precisava entregar o pendrive, provar a ele que podia lhe ser leal e convencê-lo a ajudá-la a encontrar o diamante. Também tinha algo muito importante para lhe dizer. Algo ao qual não sabia como Caffrey iria reagir. Preferiu esperar. Quando estivessem longe de New York falaria.
            Mas tudo não passou de uma oportunidade para o FBI prendê-la. Neal a estava enganando. Quando se encontraram, ele a beijou. Os lábios colados, sentiu as mãos dele em seus cabelos e tornou a desejá-lo como no primeiro dia. Entregou o pendrive e o sentiu fechar a algema em seu pulso.




Neal a traiu. E ela ainda tentou fugir. Mas Peter já havia cercado o prédio com seus agentes. Aquele engravatadozinho não ia desistir. Sempre soube. Desde o início teve a intuição de que Peter Burke ia lhe causar problemas. Alguém capaz de prender duas vezes Neal, um dos criminosos mais inteligentes que os EUA já teve, e trazê-lo para trabalhar no FBI, era capaz de desconfiar de algo. Pensou em matá-lo. Deveria tê-lo matado. Não fez exclusivamente para não magoar Neal, para ele não fazê-lo sofrer.




E lá estava ele, pronto para lhe fechar uma algema no pulso e trancafiá-la numa prisão federal. Para sempre se arrependeria de não ter puxado o gatilho contra Peter Burke. E de mesmo por um instante ter acreditado em Neal Caffrey.


Mesmo ali, sendo presa, já fazia planos para sair. Conseguiria escapar. Não seria a primeira vez. Sobreviveu a perdas piores na vida e conseguiu levantar. Sairia da prisão e continuaria sua busca pelo diamante. Não precisada de Caffrey. E ele iria se arrepender do que perdeu.



- Você chamou o FBI. Traidor. – Acusou-o. – Vai se arrepender Neal. Não sabe o que jogou fora. Nós podíamos ter sido perfeitos juntos.
- Eu nem sei quem você é...Rebecca não passou de uma invenção.
- Eu sou a mulher perfeita para você. Eu te amo. Simples assim. – Ela foi. Quando confiou nele.
- Você não é nada. Porque Rebecca não existe. Você é uma cópia das minhas antigas namoradas, você cria novas vidas, novas identidades, porque não suporta quem é de verdade. Você não sabe o que é amar.
- Isso, Neal, você nunca vai entender. Eu fui burra em confiar em você, de me deixar levar pelo que senti por você. Nunca vai entender o porquê eu fiz isso. Nunca vai saber de verdade. – Foi a última frase que pode dizer antes de ser levada pelos policiais.



           
No segundo dia após sua prisão sentiu um mal estar mais forte. Eles vinham se repetindo.  Outra presa, Susan, pareceu se preocupar e veio perguntar por que não pedia por assistência médica.

- Não está comendo, não está dormindo bem. Sabe o que tem?             
- Não preciso deles me examinando. Sei exatamente o meu problema. Logo dou fim nele...assim que sair daqui. – Respondeu respirando fundo na tentativa de aliviar a ânsia de vômito.
- Quanto tempo de pena tem pra cumprir?
- É perpétua. – Rachel sorriu, amarga. – Mas as circunstâncias podem sempre mudar.

Amanhã novamente entraria no FBI. Peter Burke queria interrogá-la quanto a morte de um agente da Divisão de Colarinho Branco. Havia assassinado David Siegel. Não se arrependia do tiro. Muito menos de ter tirado a vida de Hagen. Criminoso tão desgraçado quanto ela e Neal, Hagen mereceu a morte. Os dois iam ferrar com a vida de Neal então os matou. Não foi apenas por estar apaixonada. Ele lhe seria útil na busca pelo seu diamante. A pedra era sua por direito, seu pai já procurava por ele antes de morrer. Não iria desistir dela. E por um momento pensou em Neal como um parceiro. Um engano.
Tentou dormir na cela minúscula sem conseguir. Mesmo evitando comer qualquer coisa, as crises de enjoo vinham sem aviso. Tinha de decidir o que fazer com a causa daqueles enjoos. E fugir dali. Sair dali o quanto antes. No meio da madrugada tentava lavar o rosto, mas a tontura foi mais forte. Sentiu as pernas enfraquecerem e o corpo logo se chocar contra o chão.
Quando despertou no hospital, estava com soro no braço direito e uma enfermeira lhe medindo a pressão sanguínea no esquerdo. Uma algema lhe prendia o tornozelo na cama. No crachá da profissional que vestia um uniforme branco e verde claro pode ler o nome Vivian Sanford. Ela tinha a expressão calma e fazia seu trabalho com delicadeza. Algo incomum quando estavam atendendo presidiários.

- Você foi trazida após desmaiar. Enjoos, queda de pressão...mais algum sintoma que queira dividir conosco?
- Não. Nada. Estou ótima. – Não era bem verdade, mas quanto menos falasse melhor.
- Você fará exames de sangue. Vamos ter certeza do que você tem.
- Eu não preciso de exame nenhum! E vocês não tem o direito de me obrigar!
- Na verdade, temos. Rachel, você é responsabilidade do estado. Vamos fazer a coleta de sangue agora.

Ela não teve alternativa e permitiu que o exame fosse coletado. Isso era ruim. Deixaria para trás um rastro, uma prova e uma razão para Neal e o FBI procurá-la. Até agora se questionava como deixou aquilo acontecer. Não era uma menina, uma adolescente apaixonada que se descuidava. Tinha de ter tomado precauções. Como pode Neal Caffrey tê-la deixado tão idiota? Era uma mulher experiente. Uma assassina foragida. Não podia ter esse tipo de laço na vida. Para outras mulheres podia ser uma ligação com o homem amado, mas para ela era uma algema com o inimigo. E teria de se ver livre dela logo.

- Quem ficará sabendo do resultado? – Era algo importante.
- Eu, como enfermeira chefe do hospital, o médico e quem mais você desejar.
- Ninguém. Não quero que ninguém tenha acesso aos resultados dos meus exames.
- Ok. – A enfermeira mostrou-se surpresa, mas concordou. – Não liberarei seus exames. É um direito seu.

Tornou a vestir o uniforme e teve mãos e pés algemados antes de sair do hospital. Era uma prisioneira perigosa. Somente assim era transportada. Foi colocada na parte de trás das pequenas caminhonetes usadas nesses percursos. Durante todo o tempo, ficou atenta ao percurso feito pelo automóvel. Qual o trecho mais deserto, de quais entradas de metrô se aproximava. Toda informação seria útil para a fuga.



            Delicadeza não era uma característica dos policiais responsáveis pelo transporte. No geral, eles eram bem treinados, distantes, calados e cuidadosos com suas armas. Mas poderia vencê-los. Eram fracos. Não poderiam segurá-la. Só precisava abrir aquelas algemas. Na enfermaria do hospital viu alguns instrumentos que podiam resolver esse problema.

            - Essa é a saída. – Falou para si mesma no momento em que sentiu a caminhonete parar.

            Um dos guardas veio e abriu a porta traseira para ela sair. Policial Mark dizia o crachá. A arma de choque estava em sua cintura. Mas ela estava algemada ainda. Não tentaria nada por enquanto. Quando descia o degrau da caminhonete para o chão com dificuldade por ter os pés algemados, sentiu-lhe a mão apertar sua coxa.

            - Gostosa, branquinha. – Ele disse em voz baixa em seu ouvido.

            Ela não respondeu nada. Apenas o observou e torceu para Mark estar em seu próximo transporte ao hospital. Ela, Mark e a arma de choque. Teria o prazer de derrubá-lo e, de preferência, vê-lo morrer. 

Agora sim, acabou. Mas a segunda temporada chega logo. Nós tiraremos uma férias, mas no final de agosto a série de Diaba Ruiva volta com tudo! Enquanto isso, convido vocês a acompanharem Vidas Ocultas. A história tem personagens originais. Garanto que Miguel e Elizabeth lhes trarão grandes emoções. Bjss



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