segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Dupla Perseguição - Capítulo 24






Neal ficou surpreso quando chegou em casa e Mozzie lhe contou o que se passou no seu apartamento. Até para ele a ideia, inicialmente, pareceu louca. Rachel como aliada do FBI? Realmente inimaginável. Ela já tinha matado um agente. E não escondia que Peter também esteve em sua mira. Eles se odiavam. Qual a chance dele lhe pedir ajuda? Nem pensar!

            Mas, seria uma ótima oportunidade de fuga, Neal concluiu. A questão MI5 ainda não estava resolvida. Eles ainda iriam avaliar.

            Definiriam antes se ela ficava nos EUA, depois se podia atuar como consultora do FBI nesse caso...isso se Peter solicitasse.


            - Não! Não há a menor possibilidade! – Peter bradava na sala de conferência da Colarinho Branco.

            Era segunda-feira e a equipe toda estava reunida. Tinham apenas 11 dias para resolver o problema do caso de Rodrigues. Porém, isso não lhe faria cometer a bobagem de tirar Rachel da prisão. Era loucura. Se ela fugia algemada, o que não faria livre, na rua? Não tinha nem o que pensar!



            - A Colarinho Branco não é depósito de criminoso! – Peter gritou. – Não posso ficar trazendo todo bandido aqui!
            - Depósito não que eu trabalhei muito aqui e vocês também lucraram com isso! – Neal ficou irritado.
            - O que, Neal? – Peter se defendeu.
            - Eu não fui largado aqui para não fazer nada. Mas porque você precisava do meu trabalho. E estão pensando na Rachel porque precisam dela!
            - Não! Eu preciso de uma agente confiável! Não adianta ela ser treinada, bonita e saber dançar, mas a qualquer momento nos trair.
            - Ótimo! Arrume outra. Ela não faria questão de te ajudar, mesmo. – Neal revidou. Era verdade.

            Mas a verdade é que não havia essa agente e o tempo estava passando. Ele tinha vontade de tentar. Sabia que tinha uma chance de dar certo. E um bilhão de chances de dar errado. Desde que descobriram as mentiras de Rachel, reconheceu que ela era uma combinação perigosa de treinamento policial e instinto criminoso. E por isso mesmo tinha receio em deixá-la se envolver ainda mais com a Divisão.
            Nessas horas Ell era sua melhor conselheira. Foi almoçar em casa só para tomar uma decisão. Ela se colocou favorável a uma tentativa.

            - Oraaaa com Neal também tinha risco e deu certo. Se a garota é isso tudo, porque desperdiçá-la deixando trancada o resto da vida? – Elizabeth parecia muito sábia.
            - Ela é perigosa!
            - Lucy também era e você a trouxe pra dentro de casa! – Ela não esquecia a loira fatal.
            - Você vai falar disso até quando? Faz meses disso, Ell!
            - Quer saber? Prefiro a Rachel! Pelo menos ela jogou charme só pra um. A Lucy atirou nos dois. – Ell deixou clara sua opinião.

            Quase voto vencido, Peter foi conversar com Stone. Falou ao chefe do seu receio, apresentou suas opiniões, o vídeo dela dançando e também a dificuldade em encontrar outra pessoa. Ele, que não conhecia Rachel fisicamente, gostou do que viu. Achou que valeria a pena tentar.

            - Certamente ela tem potencial pra balançar ele. Por que não? – Ele questionou.
            - Talvez porque ela já matou um dos nossos e pode tentar fugir. E também porque a MI5 quer ela na Europa ainda essa semana. – Peter o lembrou.
            - Da MI5 cuido eu. – Ele olhava o vídeo de dança com muita atenção. Não tirava os olhos. – Ela fica conosco. Vou negar o pedido deles. Convença-a em participar do caso. É ela!

            Rapidamente, as circunstâncias mudaram e dê estorvo que o FBI desejava ter distante, Rachel Turner se transformou em objeto de desejo. Peter teria que convencê-la a ajudar o FBI. Chamou-a ali para conversarem. Não iria ao presídio.
           

           
              Rachel estava nervosa quando foi avisada que seria levada ao FBI, a Divisão de Colarinho Branco. Mas foi corajosamente. De cabeça erguida para Peter não pensar que estava derrotada. Neal já tinha lhe alertado sobre a MI5 solicitar que ela fosse pra Inglaterra. Deveria estar ali por isso. Desgraçados! Queriam lhe ferrar ainda mais.
              Neal tinha dito para ela não se preocupar. Que encontrariam um meio dela não ir. Que meio? Ficou na dúvida se ele estava procurando uma alternativa legal ou pensando em uma fuga.



            Deixaram-na sozinha em uma sala esperando. Seus pensamentos a mil por hora. Não queria cumprir pena na Europa. Queria ficar ali onde George já estava se adaptando. Queria ver ele todo sábado. Era a única coisa que prestava em sua vida.




            Peter e Neal observaram-na chegar. Cada um tinha pensamentos bem diferentes. Peter achava que nem deveria estar ali, seu lugar era no presídio. Neal ainda estava decidindo se Rachel estava diante de uma grande oportunidade de se reinventar ou se ela conseguira, enfim, sua alternativa de fuga. De qualquer forma, ele achava fantástica a forma como ela entrou ali encarando a todos.

Rachel tem fibra, pode se reerguer.

            Peter fez questão de entrar sozinho na sala. Neal só ficou observando. Não poderia participar, afinal a relação deles era muito próxima e, como Peter fez questão de frisar, ela era uma assassina e, mesmo que participasse daquele caso, ainda seria tratada como tal. Neal que não tivesse esperança de que o FBI a aceitaria como foi no caso dele, anos atrás. Era diferente.






            - Agente Peter Burke! Não quis ir me visitar no presídio. Uma pena...mas eu gostei do passeio. – Ela não deixaria de usar aquele tom jamais. Peter Burke nunca saberia o quanto a estava destroçando ao mandá-la para a Inglaterra.

            - Sabe por que foi...convidada a vir aqui, Rachel Turner?
            - Não, não faço ideia, Peter Burke. – Ela sabia jogar esse jogo também.

            Peter riu da postura dela. Essa mulher não mudaria nunca. Nenhuma cadeia seria capaz de transformá-la.

            - Sabe... eu me pergunto o que o Neal viu em você. – Ele disse sabendo que questões pessoais deveriam ficar de fora.
            - Pergunte pra ele. Um dia ainda quero entender porque a Elizabeth casou com você. Terei que perguntar também.
            - Fique longe da Elizabeth! Não fale dela. – Peter se enfureceu.
            - Não fale da minha relação com Neal! – Ela revidou.

            Eles poderiam ficar ali horas a fio distribuindo golpes ácidos. Tinham muita munição. Só que o tempo estava correndo e Peter precisava resolver a situação.

            - Tenho uma proposta para te fazer! Você já deve saber que a MI5 solicitou ‘cuidar’ de você. Acho que lá sua vida seria um pouco mais complicada.

            Neal não entendia porque Peter ficava alongando a conversa, trazendo assuntos e provocações que não interessavam. Fizesse a proposta e pronto. Sim ou não e acabou. Aquilo era uma tortura.

            - Isso não se chama ‘proposta’, Peter. – Ela era rápida de raciocínio. – Imagino que tenha algo mais para me dizer.
            - Sim. Podemos negar o pedido da MI5. Você permanecerá nos EUA...em troca você nos ajudará a resolver um caso. Será nossa consultora.
            - Por que eu devo acreditar que você faria essa proposta justamente pra mim? Você não me suporta.
            - Verdade, não suporto mesmo. – Era a mais pura verdade. – Mas o FBI acha que você é a mais indicada.

            Objetivamente, ele lhe passou o caso. Explicou a situação e os riscos que envolveria. A vantagem era sair da prisão por um tempo, mostrar-se um pouco confiável e não ser enviada para a Europa.

            - Você ficaria fora do presídio durante um período, usando tornozeleira. Faria o ‘papel’ de uma dançarina em um concurso. Seduziria o nosso suspeito e nos daria acesso a casa dele. Nada que você já não tenha feito. Se nos trair, embarca para a Inglaterra no dia seguinte.
            - E o que eu ganho para ajudar vocês? – Ela perguntou.
            - Você acha pouco não ter de ir pra a Inglaterra?
            - E você pensa que eu prefiro o FBI à MI5? Não! São iguais. – Ela olhou bem nos olhos de Peter. – Quero acesso livre ao meu filho enquanto eu estiver fora do presídio. Eu sei como funcionam esses casos. Não ficarei com esse cara o dia todo. Quando não estiver com ele, quero uma vida normal com meu filho. Quero sair com ele, ir a um parque, fazer o que eu quiser.
            - Não! Você poderá receber visitas, mas num hotel ou onde nós te instalarmos. Na rua, não.
            - Se é para apenas mudar o presídio de lugar, Burke, não, obrigada. Consiga outra pessoa. – Rachel sabia que somente ela tinha aquelas características. Ele precisava dela.
Peter se sentiu pressionado. Ela estava dificultando as coisas.
            - Concorde e eu tento conseguir o que quer. Algum passeio na rua, com vigilância. – Era uma oferta melhor.

            Neal escutava a negociação atentamente e a cada exigência que Rachel fazia, ele ficava surpreso. Peter estava cedendo. Era inacreditável. Ia aceitar o que ela pedia!

            - Não! – Era tentador aceitar, mas não. – Quando eu quiser e sem vigilância. Já vão me colocar numa tornozeleira. Eu sou mãe dele! Tenho direito ao meu filho!
Ele pensou muito. Sabia que se questionasse Stone, ele ia dizer sim.
            - Ok. Mas não esqueça, Rachel. Apronte alguma coisa e eu mesmo te embarco rumo à Inglaterra! – E saiu de lá o mais rápido que podia.

            Neal não acreditava no que presenciou. Ela tirou Peter do sério, o provocou...e arrancou o que desejava.

-   Essa é a minha garota! – Disse com aquela cara de quem estava surpreso, mas no fundo sabia como ia terminar. Rachel não brincava em serviço.
-   É bom que eu tenha ouvido errado, Caffrey! Você não tem mais tornozeleira, mas ainda posso te demitir. – Disse Peter quando passou por ele feito furação. Estava bem estressado.

Neal foi trabalhar sorrindo. Não! Não deixaria o FBI. Agora novamente tinha uma razão para ficar.




Rachel e Neal não tiveram chance de se falar naquela ida ao FBI. Não tinha importância. Logo ela estaria de volta. Sem algemas. Como consultora.
  Rachel retornou ao presídio enquanto as autorizações eram feitas. No dia seguinte sairia. Aproveitou para se preparar. Estavam muito enganados se pensavam que iriam vê-la por baixo mais uma vez. Neal mandou as roupas que tinha em sua mala. Era pouca coisa, mais teria que servir. Arrumou os cabelos. E antes de deixar a cadeia ainda recebeu a tornozeleira. Era um modelo bem diferente do utilizado por Neal. Mais parecia uma joia.



- É mais discreto, para você poder usar durante o caso sem levantar suspeita. A dele eu tirava, a sua ficará 100% do tempo. Funciona exatamente igual. Conforme for a necessidade, podemos trocá-la do seu pulso para o tornozelo. Ma ela nunca sairá de você, a menos que queira ir rever a Inglaterra. – Alertou Peter quando foi buscá-la.

            A vigem de carro foi longa e desagradável. Ela notou que eram seguidos de perto por uma viatura. Ele estava com medo que ela fugisse, assim, de cara? Não tinha esses planos. Não ia lhe dizer, mas o desafio daquele caso a agradava.

            Quando chegaram, foi Neal a recebê-la na porta.



            Neal a esperou, nervoso, durante todo aquele dia. Demorou bastante. Quando ela chegou ele estava lá. E ficou em choque. Estava olhando para Rebecca novamente. Quando mexeu em suas roupas, não tinha percebido que eram tão similares as de Rebecca. Os cabelos, as roupas. Parecia que ela tinha revivido o personagem que o enganou por meses. Só a postura que era outra. De cabeça erguida, ela entrava como uma convidada especial do FBI.

            - E não é que as circunstâncias mudaram, Neal? – Brincou.

 

            - Certamente. – Era impossível ele não sorrir diante daquela postura. – Isso que se chama ‘ressurgir das cinzas’. Você está muito...muito Rebecca, não?
            - Eu te disse, Neal, a Rebecca teve muito de mim. Muito mesmo. – Ela lhe piscou. – Os gostos principalmente. – Ela o provocava.



            - Eu achei que você não usava óculos. Achava que eram de Rebecca. – Era tão estranho vê-la assim.
              - Não preciso usar o tempo todo. Tenho lentes de contato e às vezes fico sem nada mesmo. Atrapalha a visão, mas eu ainda consigo ver seu belo rosto, Neal Caffrey. – Ela sorria feliz. – Como George passou a noite?
              - Perfeitamente bem. – Ele olhou para os lados e percebeu que eles eram uma atração no FBI. Todos os olhavam. – Isso aqui está uma loucura hoje, mas assim que der eu vou trazer ele pra te ver.
              - Chega de papo familiar. – Peter decretou. – Vamos trabalhar.

              Antes, porém, havia a questão de onde iriam instalar Rachel naquele período. Antes de Neal ter a ideia dela ir morar com ele, Peter deixou claras as opções. Havia apenas duas alternativas. A sala de conferência do FBI ou um hotel que...bom não iria agradá-la. Neal era testemunha disso. Saiu correndo de lá no primeiro dia fora da cadeia, quando também trabalhou ali como um consultor usando tornozeleira. O lugar era terrível.

              - Fique com a sala de conferência. – Ele aconselhou.
              - Ok. – Não era o mais agradável. Mas era melhor que a prisão. – Agora, Peter, uma outra questão. Você podia liberar as minhas coisas que apreendeu no meu apartamento? Eu não estou com muitas roupas aqui.
              - Vire-se! Aquilo foi para o depósito e vai ficar lá. Isso não é desfile de moda. É trabalho. – Respondeu.

              Rachel o olhou feio, mas resolveu não discutir. Daria o seu jeito.

              - Ok. Posso dar um pulinho na sala de conferência? Conhecer meu novo lar? – Perguntou docemente.

              Peter já estava no limite e concordou. Assim ao menos ficava um minuto sem olhar para ela.

              - Terceira porta a esquerda. Fique a vontade. – Disse, apenas para corrigir depois. – Mas nem tanto.

            Enquanto isso, Peter começou a estratégia do caso com Neal. A ideia seria colocá-la no concurso, com uma dança sensual, algo capaz de atrair Ruan Rodrigues. Fazê-lo desejá-la a ponto de levá-la até sua casa. O ideal seria que ela o distraísse enquanto outras pessoas faziam a busca pela casa. Mas dificilmente isso ocorreria. Rachel teria que se virar sozinha.

            - Ela é muito boa. – Neal se derretia. – Se alguém pode conseguir, é ela.
            - Mas ela vai ter que dançar com alguém...quem? – Peter não queria que fosse Neal. Ele era muito volúvel a Rachel. Não queria aproximá-los ainda mais. Mas não tinha outra pessoa. – Você é ótimo em...tango ou salsa?
            - Não! Realmente não, Peter. – Ele foi sincero. O máximo que dançou foi valsa. Mas essa dança não era sensual.
            - Vamos ter que dar um jeito nisso. – Ele achou que Rachel estava demorando. – O que ela está aprontando na sala de conferência?

            Neal realmente achava que Peter estava exagerando. Rachel estava dentro do FBI. Não ia poder fazer nada. Mas foram até a sala de conferência e...a viram ao telefone.

            - Ok, querido. Eu vou fazer uma listinha. Mas já vá enviando o básico, ok? Beijos. – Disse ela finalizando a ligação.
            - Com quem estava falando? Que listinha? – Peter a questionou.
            - AAA Peter, nada que você deva se preocupar. Estava apenas ‘me virando’. Vamos trabalhar? – Ela saiu deixando-os sozinhos ali e voltando para a sala de Peter, onde conversaram antes.

            Peter aceitou a desculpa fazendo uma anotação mental de que deveria rastrear aquela ligação. Essa mulher só lhe traria dor de cabeça.

            Peter, Neal, Rachel, Jones e Diana passaram as próximas horas discutindo o caso. Em muitas oportunidades, Rachel desafiou Peter. Em outras eles concordaram. Certo é que Rachel agregou talentos àquela equipe. Tinha boas ideias, pensava rápido. Acompanhava raciocínio de todos.

            - Não pode querer que eu chegue lá, rebole um pouco e conquiste o cara. – Ela disse. – Tem que ser pra valer. Precisa de uma coreografia de verdade, sensual na medida certa. Bem ensaiada! Ele tem de acreditar que sou uma bailaria profissional. E vou precisar de um parceiro a rigor!
            - Isso aqui não é companhia de dança! – Peter respondeu.
            - Contrate uma! Chame uma coreógrafa pelo menos! Se esse caso é tão importante, deve ter verba para isso!



            Não perceberam quando Stone entrou. Ele os observava trabalhando ferrenhamente. O diretor do FBI veio por estar curioso em conhecer aquela mulher que, parecia, conseguia circular na lei e no crime com a mesma competência. Gostou de vê-la. Gostou da força com que desafiava Peter. Era isso que ele precisava. Peter estava necessitando de um desafio como Rachel Turner para voltar a ter bons resultados na Colarinho Branco.

            - Verba liberada! – Disse. E todos o olharem. – A senhorita Turner está certa. Esse caso vale o investimento.

            Já era fim do dia quando definiram a coreógrafa. Ela viria no dia seguinte, bem cedo, com figurinos e tudo o que precisariam. Do alto do escritório envidraçado de Peter, eles viam os outros agentes trabalhando. Era fim de expediente e todos estavam cansados.

            De repente ouve uma movimentação. Caixas e sacolas chegando. Algumas de grifes bem conhecidas.



            - Mas o que é isso? – Peter se surpreendeu.

            Neal também não entendeu nada.

            Rachel sim. Levantou-se, sorridente, para falar com o entregador.

            - Na terceira porta à esquerda, por favor. – Orientou-o sobre o seu ‘quarto’. E foi descendo as escadas.

              Peter não acreditava no que estava vendo. Rachel Turner achava que aquilo era um hotel de primeira classe?

              - Você mandou ela se virar, Peter. Não reclame. – Neal o lembrou. Por dentro ele ria da situação. Rachel mais uma vez conseguia tudo do seu jeito e deixava Peter perdido.


              Na entrada do FBI, Rachel abraçava o comprador de todas essas sacolas. Henry! Foi com ele que conversou ao telefone pedindo algumas ‘coisinhas’.

              - O que faltar vem depois. Diga o que precisar. Eu mando entregar. – Ele disse lhe abraçando. Não cabia em si de tanta felicidade em ver a amiga assim, sem aquele uniforme e sorrindo novamente.

              Ele trazia outra sacola, pequena, em mãos.

              - Essa eu fiz questão de trazer! – Fez suspense.
              - O que é, o que é, o que é? – Ela tentava pegar feito criança. Mas ele não deixou.

              Tirou da sacola da sacola e lhe mostrou.



              - Eu queria comemorar a sua saída da prisão com champanhe...mas achei que o FBI não ia permitir. Então comprei o seu chocolate favorito!

              Peter e Neal observavam a cena. Ela abraçou o amigo longamente. Deixava claro que o chocolate era bem vindos, mas a presença de Henry era mais importante. Ele a beijou nas duas faces do rosto e acariciou seus cabelos.
              Neal achou que já tinha passado do limite.
              - Estamos em um ambiente de trabalho. No FBI nós não saímos beijando os consultores assim. – Disse já que Peter não tinha feito nada.
              - Ok, regras são regras, Caffrey. – Henry brincou. – Já vi que vai cuidar bem dela.
           
           

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