domingo, 19 de maio de 2013

Regras Quebradas, Limites Ultrapassados - Capítulo 30: De dominadora a dominada


Ana sorria sozinha olhando para o álbum do fotos de quando estava grávida. Christian estava no topo da felicidade. Não conseguia se conter e passava o tempo todo beijando e tocando sua barriga.

            - Olha a mamãe, filha...não para de babar nas fotos. – Disse ele entrando no quarto depois de trocar a fralda de Phoebe.
            - É o que me resta já que a minha princesa só quer saber do papai.
            - Que nada mamãe. Agora tudo que eu quero é um mama quentinho.

            Ele ficou observando-a dar o peito e conversar baixinho com a pequenina. Já quase três semanas de vida e tendo saído de casa apenas para ir ao pediatra, hoje Phoebe fará seu primeiro passeio. Iriam na casa dos vovôs Grey.

            - Minha mãe já ligou três vezes. Quer saber porque estamos demorando tanto.
            - Não se engane Christian..não é você que Grace quer, é a netinha dela. Agora todos só tem olhos para nossa princesa. Vamos nos arrumar parra ver a vovó?
                                                       
            E foi bem assim. Na casa dos pais de Christian, Phoebe ganhou todas as atenções.

            - Vem com o vovô vem...menina linda do vô. – Carrrick balançava a neta como que se lembrando de quando Mia chegou para eles.

            Só um assunto fez os Grey ficarem tristes. Ana e Christian tinham decidido se casar novamente, mas, dessa vez, a festa não seria realizada na casa deles.

            - Por mim nem precisava de festa. – Disse.
            - Claro que precisa, amor. Quero que todos no país saibam que você é minha mulher novamente.
            - Mas por que não aqui. Foi tão lindo da outra vez. – Grace não se conformava.
            - Foi perfeito mãe. Por isso, não quero copiar. É outro casamento, não o mesmo. Estou decidido a fazer em um hotel. Como Phoebe é muito jovem, não poderemos ter lua de mel, mas achamos que vocês podem ficar naquela noite com as crianças e eu e Ana teremos a noite de núpcias no hotel mesmo. Que acham?
            - Ela ficará conosco? – Seu sogro perguntou.
            - Sim. Eu tirarei o leite e vocês nos ligam caso algo ocorra. Eu e Christian temos certeza que ela estará nas melhores mãos. E Teddy está acostumado a ficar com vocês.
            - Ouuu Ana, obrigada. É claro que nós ficaremos com eles.

            Pronto! Isso acalmou os Grey.

            Agora era tratar dos preparativos.
                - Amor...vamos esperar mais uns três meses...por favor.
                - Não Ana, nem pensar. – Ele foi categórico.
                - Mas...aí eu não precisaria correr tanto para recuperar a minha forma.
                - Você está linda do jeito que está, Ana. E eu quero que seja minha esposa o quanto antes.

                Era muito bom ouvir seu marido dizer que estava linda, mas simplesmente não era verdade. Ainda estava uns seis quilos acima do peso, isso sendo otimista. Tinha muitos abdominais pra fazer antes de poder colocar um biquine e suas roupas viviam manchadas de leite. Não estava muito sexy.

                - Dois meses então?!  - A expressão dele não era muito favorável.  – Christian eu não quero casar ainda no resguardo.

                Esse era um argumento eficaz.

                - Está bem! Mais dois meses e você voltará a ser a Senhora Grey, minha esposa, mãe dos meus filhos e dona do meu universo.

                Os preparativos deram muito trabalho. Seria um festão! Dessa vez Christian não queria apenas amigos e parentes. Não! Era um acontecimento. E isso tudo a estava deixando nervosa. Talvez não fosse só isso, mas também o fato de estar sem sexo...algo que ela e Grey sempre usaram como um modo de extravasar qualquer energia.
                Depois que se recuperou do sequestro e, aos poucos, foi recuperando do trauma e voltando a  ter uma rotina sexual, logo eles voltaram ao quarto-vermelho-do-PRAZER . Na primeira vez Grey estava apreensivo, com medo de amará-la e trazer lembranças ruins. Mas não...aquele lugar lhe trazia boas lembranças e seus sussurros a lembravam quem era o seu parceiro.

                - Tem certeza que você que você quer, Ana?
                - Sim, tenho certa.

                Só teve uma coisa que não conseguiu fazer. Algo que sempre fez, desde seu ‘treinamento básico’, quando Christian ainda a queria apenas como sua submissa tantos anos atrás. A ideia de lhe dar prazer com sua boca e deixá-lo gozar ali, ainda era assustadora. Tinha medo de voltar ao cativeiro e sentir tudo de ruim que teve com Jack.

                - Calma...você não precisa fazer nada que não queira. – Ele disse. – Nós temos tantas outras coisas pra fazer.
                - Eu te amo, Senhor Grey.
                - Eu também.

                A um mês do casamento, estavam prontos para a festa de noivado. Sim, Christian fez questão de uma grande festa de noivado. Ocorreria na casa deles,  com cardápio elegante e os vinhos mais finos encomendados de um famoso restaurante. Assim os empregados da casa pouco trabalho teriam.
Já bem mais recuperada da gravidez usou um vestido estratégico para esconder o que ainda não estava perfeito e mostrar o que era belo. Azul para combinar com seus olhos, de decote reservado para disfarçar o busto inchado de leite e um laço na cintura que deixava escondidinhas as gordurinhas que restaram. Estava perfeita.

Só estava preocupada com as crianças.

                - Calma Ana. – Kate disse. – Eu mesma contratei o serviço de babá. São duas e estão com Teddy, Ava e Phoebe.
                - Ok, então. Estou sendo uma mãe boba, apenas isso.

                Seus amigos e parentes viram Grey lhe presentear com outro anel belíssimo e lhe dar uma linda dedicatória.

                “Estou feliz por tê-los aqui vendo meu noivado com Anastásia. Ela já se casou comigo uma vez e vai casar novamente. Vejam vocês o desgraçado sortudo que eu sou. Anastásia me disse SIM duas vezes. Dessa vez eu não a deixarei esquecer que me ama nunca mais. Vou lembrá-la a cada dia. Obrigada, Ana”.
                Aplausos, brindes, danças...e o coração de Ana não parava de palpitar. Precisava de seus filhos.

                - Amor, aquele executivo ali está me chamando. Você se importa se eu for falar com ele. É rápido. – Chris disse.
                - É claro que não. Eu vou ver as crianças.
                - Está bem. Te espero aqui em alguns minutos pra nós dançarmos mais.
                - Ok, eu já venho.

                Quando estava no pé da escada Ana estanhou mais uma coisa. A gatinha Charlote miava nervosamente no segundo andar. O que a estava deixando nervosa? Talvez fosse a música.
                - O que houve Charlote?

                Como se entendendo o que ocorria, Charlote saiu andando até a porta do quarto onde as bebas cuidavam das crianças. É como se Charlote a mandasse abrir a porta. O fez e levou um dos maiores sustos de sua vida. Teddy e Ava dormiam tranquilamente enquanto Elena, vestida com roupas típicas de quem cuida de criança embalava Phoebe.

                - Sua desgraçada! O que faz aqui?!!?!? Saia de perto dos meus filhos!
                - Você  tinha que aparecer, não é? Para estragar, como sempre. – Ela parecia ainda mais louca. – Saia você...me deixe. Mande Christian vir aqui. Quero que ele me veja com a pequena Phoebe...ele verá que eu sou muito melhor que você.
                - Seu demônio!
                - Não ligue para essa louca Phoebe...você ficará comigo e com o papai. – Helena passou fortemente a unha vermelha na pele delicada da menina que começou a chorar. – Cale a boca pirralha.
                - PARE! Vai machucar minha filha. – Ana não sabia se avançava ou se esperava Christian aparecer. Tinha medo de Elena jogar a menina no chão.
                - É chata feito a mãe. – Fora de si passou a sacolejar a criança fortemente. Ela só chorava mais. – Se aproxime de mim e eu jogo ela pela janela. Cale a boca criança chata! Você não vai ficar feliz brincando de casinha com a meu homem enquanto eu estou sozinha. Não vai.
               
                Elena não tirava os olhos de mim. Qualquer passo poderia ser fatal. E eu teria que resolver sozinha, afinal, com a música, ninguém ouviria os gritos. Vi quando Charlote também entrou discretamente no quarto e passou com a elegância típica dos gatos. Elena nem percebeu. Apenas gritou quando sentiu as garras de Charlote se cravarem em suas pernas.

                - Aiiii saia gata dos infernos! Eu acabo com suas sete vidas agora mesmo! – Disse ela tentando chutar a gatinha acinzentada.

                Foi a chance que precisava. Ela se desconcentrou e arranquei minha filha dos braços da monstra, empurrando-a contra uma parede. Antes dela levantar apertei o botão do celular que chamava Taylor. Ele logo chegou e rendeu Elena.

                - Eu vou chamar o Senhor Grey, dona Ana. – Disse  o homem já se culpando por ela ter conseguido entrar.
                - Não, não vai.
                - O que? – Ele se surpreendeu.
                - Você vai trancá-la no banheiro e pedir para Gail vir cuidar das crianças. É uma ordem Taylor.

                Fui rapidamente ao nosso quarto e busquei uma algema que costumamos usar nas brincadeirinhas. Dessa vez Elena não sairia ilesa.

                - Senhora Grey eu realmente não acho que é boa ideia. Quando posso chamar o senhor Grey?

Pensei por um momento.

                - Taylor, chame seu patrão assim que Elena parar de gritar.

                Entrei no quarto e aproveitei que ela não imaginava o que eu faria e algemei suas mãos a barra de segurança da nossa banheira. Era bem baixo e ela ficou deitada. Sentou-se sobre o peito dela.

                - Você perdeu a noção do perigo, Anastásia? Me solte!
                - Você perdeu! Eu alertei para não chegar perto dos meus filhos e você entrou na minha casa. Agora você vai aprender que eu não brinco, Elena. – !SPLAFT!  O primeiro tapa estalou do lado esquerdo do rosto, seguido por outro no direito. – Agora você vai apanhar de verdade! – !SPLAFT!  !SPLAFT!  Mais dois!
               
- PARA! – Berrava a loura.

!SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT! 

                Sentiu  o anel que Christian acabara de colocar em seu dedo rasgar a pele da outra. Estava descarregando o ódio de tantos anos.

!SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT! 

                - Sua desgraçada, aproveitadora de crianças, falsa! Você não vale nada sua vagabunda. Eu vou te ensinar a não tocar no filho dos outros.

!SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT!  !SPLAFT! 

(Quem quiser ‘VER’ a cena, a partir do 2.19 minuto até o 4:30 tem uma mais ou menos assim. Só desconsiderem as falas e as roupas)                
Quando percebeu estava exausta. Se levantou sabendo que logo Christian estaria ali e teria que se explicar para ele.
Quando chegou ao banheiro, alertado por Taylor, Grey viu Elena com o rosto destruído e  Ana lavando as mãos calmamente na pia. Pelo reflexo no espelho eles se olharam. Ele na hora percebeu que algo grave ocorreu ali.

                - Veja Chris...veja o que essa demente fez comigo. Me solte Chris. – Ela chorava como se fosse um anjo.
                - Cuidado com o que você vai falar Christian. – Foi só o que disse.

                Para sua surpresa, seu marido disse apenas uma frase.

                - Espero que você não tenha ferido suas mãos, Senhora Grey, porque a nossa festa de noivado está apenas começando.

                - Christian você não vai me ajudar?! – Elena reclamou.
                - Taylor? Eu não sei como essa senhora entrou aqui, mas, por favor, livre-se dela. E lembre-a que invasão de privacidade é crime. Isso vale para minha casa e para todos os salões de beleza, que são de minha propriedade.




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